Aula inaugural do I Semestre de 2018
No dia 5 de março de 2018, aconteceu a Aula Inaugural do Mestrado em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA), marcando o inicio do I Semestre de 2018. Na oportunidade estiveram presentes o Magnifico Reitor Professor Dr. Maurilio de Abreu Monteiro, o professor Dr. Hiran de Moura Possas coordenador do PDTSA, o diretor do Instituto de Ciências Humanas Professor MSc. Janílson Macedo Luiz e o professor Dr. Erinaldo Cavalcante representante da Pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica da UNIFESSPA, e demais professores membros do Colegiado do PDTSA, mestrandos e comunidade acadêmica em geral.
Após as falas iniciais da mesa, foi apresentado pela Professora Dra. Hildete dos Anjos à Comunidade Acadêmica, o Centro de Estudos Internacionais do PDTSA (CEI), que terá como objetivo aperfeiçoar as ações de internacionalização do PDTSA, fomentando ações e debates alinhados a temáticas circunscritas às Dinâmicas Territoriais e Sociedade em âmbito internacional. A coordenação estará com a Prof. Hildete, a Técnica administrativa executiva
Thayná Mirian Pereira Passos e a discente do convênio OEA Alejandra Solórzano Orellana.
Em seguida, o Professor Dr. Maxim Repetto, professor associado da Universidade Federal de Rondônia, e professor no Curso de Licenciatura Intercultural do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Fronteira (PPGSOF) e professor no Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde (PROCISA), proferiu a palestra “Interculturalidade e educação frente às recentes ameaças contra o exercício dos direitos sociais, na Amazônia Brasileira”.
Na oportunidade, também foi lançada a ementa da disciplina “Dinâmicas Sociopolíticas e Culturais das Relações Etnicorraciais – Experiências Afroindígenas” que será ministrada pelos professores Doutores Jerônimo da Silva e Silva e Hiran de Moura Possas, com carga horária de 45horas distribuída no período de 05/03 à 16/03/2018. Concomitantemente, por intermédio de diálogo com a Vice-Reitoria (UNIFESSPA), secretarias de educação e prefeituras da região sul e sudeste do Pará, ganhou contornos de Curso de Extensão, contando com a participação de docentes e discentes de diferentes cursos da UNIFESSPA, bem como docentes e discentes da 4ª URE (SEDUC), dos municípios de São Geraldo do Araguaia, Itupiranga, Marabá. ativistas políticos; representantes da FUANAI e do CIMI; representantes da Associação dos Discentes Indígenas e Quilombolas (ADIQUI-UNIFESSPA); discentes de outros Programas de Pós-Graduação e oito alunos regularmente matriculados no PDTSA, sendo seis alunos regulares e dois alunos especiais. Em números absolutos foram cerca de 130 inscritos.
Com a utilização de aportes teóricos, preferencialmente advindo de pensadores indígenas e negros, participação de pesquisadores externos (Prof. Dr. Maxim Repetto/Prof. Dr. Raymundo Heraldo Maués) e principalmente de lideranças indígenas, quilombolas e da intensa interação do público presente, serão debatidas questões referentes às cosmologias indígenas e africanas antes do processo colonial. Raça, Ciência e Representações eurocêntricas. Racismo, Democracia racial, e a ideologia do branqueamento: mitos estruturantes na sociedade brasileira. Processos de organização negra: quilombos, irmandades e associações recreativas, culturais, religiosas na Amazônia. Processo de organização indígenas: guerras, associações, estéticas relacionais, xamanismo e alianças na Amazônia. O fundamento do fundamentalismo religioso no Brasil: tensões entre cristianismo(s) e religiões de matrizes africanas e indígenas. O fortalecimento da busca por direitos de negros e indígenas na segunda metade do século XX. Arte e pensamento descolonizador em cosmologias indígenas, africanas e afroindígenas: linguagens e poéticas em experiências; interstícios textuais; caos-mundo; poéticas do caos; crioulização; letras e poéticas da terra.
Essas ações potencializam objetivos do PDTSA quanto à formação de profissionais à docência superior e à pesquisa na região, assim como outras práticas profissionais nas tratativas de questões amazônicas, em suas dimensões socioambientais, culturais, políticas e econômicas, deslindando-se compreensão para as contradições e os interesses em jogo, na região.
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